sábado, 3 de abril de 2010


Você que ama tanto o mar, por que não se entrega mais?

E foi aí que um tsunami bateu nos meus olhos. Mas o tsunami era eu, nada mudaria o que já havia sido. E era tudo um desastre. E a culpa, bem, era minha. Se você sabe que um problema existe, solucione-o.
E você, Mariana, que ama tanto o mar, por que não se desapega? É que se apegar tanto a essas coisas tolas e mundanas nos deixa imundos. Almas imundas não lavam a mente. Quem não lava a mente não consegue se livrar dos padrões. Ei, Mariana! Não é você que odeia esses tais padrões?
Mas esse amor teu ao mar não te ensinou a se entregar? Entrega. A quem? Ao mar? Não, não, a si mesma e a quem te cerca. Falta sentir e falta tudo de tão intenso que você ama e não vive.
Quer saber, te falta vida. Melhor, te faltam olhos limpos para ver a vida. E te falta enlevezar o coração. E te falta querer. Poder você já pode.
És tão linda, tu e teu coração. Limpe-se.

Já que ninguém me disse o que eu precisava escutar, eu me disse. E quer saber, adiantou.