quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010



Foto: Eu não sou obrigada a fazer cara da término de namoro, po.



It’s the end


Um dia ele tomou coragem e disse: “Já não te quero mais.” Não que ela quisesse, na verdade o que eles tinham já estava morrendo, mas terminar não era uma opção para ela. E ele se resolveu.
O amor virou carinho, o tesão não era mais estonteante, os risos não eram pura autenticidade e a preocupação já era apenas costume. Não era mais um namoro, era uma amizade que ficava cada vez mais no preto e branco. Quase nunca colorida...
Ele no inicio não sabia como dizer, se dizer, os porquês pareciam tolos e o coração se entristecia. Ela estava atolada no conformismo e no comodismo. Bem, antes o amor era lindo, soava como musica e fazia surgirem arco-íris no céu. Agora o amor era propriedade das novelas da Globo e dos filmes americanos.
Finalmente enfiaram na cabeça que “esse amor não é pra você, esse amor não existe”. Ela começava a acreditar no “desista dos príncipes encantados, querida” e ele no “órgãos genitais femininos e músculos resistentes são revigorantes. É apenas disso que homens precisam”. O amor começou a morrer daí.
Eles nem faziam mais questão da presença um do outro. Não existia mais diálogo. Mas lágrimas rolaram. Dos dois lados. Não houve felicidade. Muitas crises existenciais. E depois passou.
Passou pra ela, depois de beijar uns poucos caras em boates, sair muito com as amigas e algumas pesquisas na internet. Passou pra ela depois de paquerar uns caras e ser promovida no emprego.
Ele foi a estabelecimentos regados de meretrizes, conheceu mulheres fáceis, curtiu a vida com os amigos e começou a cuidar mais do carro. Ele descobriu que revigorante mesmo era ir para o futebol sem milhões de ligações antes e depois e que sair sem dar satisfação e sem ouvir reclamação era melhor que tudo.
Um dia eles se esbarraram e deram um sorrisinho sem graça. Entretanto, conversaram. Conversaram muito e beberam também. Aconteceu um beijo. Ela foi embora, ele continuou bebendo. Uma semana depois, ele ligou pra ela. E conversaram mais. Se encontraram para um café, continuaram conversando. Falaram de bobagens, fatalidades e riram. O amor não tinha morrido. Era amizade. Pura e verdadeira.
Ela conheceu um cara que era muito bom para ela. Eles namoraram e não deu certo. Depois ela conheceu outro e não namorou. O terceiro ela namora há um tempo já. Ele conheceu muitas meninas, namorou poucas. De vez em quando ele namora. O coração dele é tão difícil de chegar...
Mas ate hoje, se você perguntar, eles dizem. Terminar é mais difícil que acertar o coração dele e o gosto dela.

4 comentários:

  1. Pra mim esse negócio de amizade com ex é furada certa.rsrsrs...E terminar é difícil de fato mesmo quando não se tem razão alguma para continuar.


    Calvin Watterson www.finalzindefesta.blogspot.com

    ResponderExcluir
  2. Olha só quem resolveu se aventurar nos Contos! UASHAUHAUHSUH Adorei esse amiga, ficou forte e verdadeiro =)
    Escreva mais vai *-*

    beijos e saudades
    Te amo <3

    ResponderExcluir
  3. Super legal o post, bem criativo.

    ResponderExcluir